O amor pode ser confundido com insegurança. Muitas vezes podemos colocar expectativas e sonhos na conta do amor, quando na verdade essa conta pertence à insegurança.
Quantas vezes em um relacionamento tomamos decisões e colocamos culpa do nosso comportamento no amor? Se estamos numa relação onde precisamos cuidar excessivamente dx nossx parceirx. Se precisamos ficar em alerta cuidando do nosso relacionamento para que ele não termine. Se entregamos nossa vida ax parceirx exigindo que cuide muito mais da nossa vida do que da delx. PRECISAMOS TOMAR CUIDADO. Às vezes podemos achar que estamos agindo pelo amor, quando na verdade estamos deixando a insegurança falar por nós. Nesses casos, podemos até pensar “se é por amor, então vale a pena continuar nesse caminho”. Colocar a razão de nossas atitudes somente no amor pode nos deixar confusas e nos impedir de tomar decisões para mudança. Muitas vezes esses comportamentos estão baseados na emoção chamada insegurança, e não no amor, como às vezes podemos acreditar. A insegurança é a emoção ou sensação de não estar protegida, segura. Para justificar muitas de nossas ações podemos colocar essas ações na “conta do amor”. Ou ainda podemos criar várias regras que reafirmem nossa insegurança como, por exemplo,… “Se elx me amasse, não faria isso”, “Preciso fazer isso porque o/a amo demais”. Essas nossas regras podem estar ligadas ao medo de ficar sozinha, de ser abandonada ou a uma crença de não ter valor e nunca poder se amada. Nossos pensamentos, regras, crenças, emoções e comportamentos se transformam num ciclo. Onde podemos ter interpretações distorcidas de nós mesmas e, consequentemente, aumentar nossa insegurança. Por estarmos inseguras podemos passar a exigir que nossx parceirx reforce nossa segurança o tempo todo. Esse comportamento de exigência tem o objetivo de diminuir a emoção insegurança, que funciona num primeiro momento, mas logo a insegurança volta, transformando num ciclo. Este ciclo pode deixar nossa relação dolorosa. O único caminho para ter uma relação baseada no amor e não na insegurança é se amar em primeiro lugar. O amor próprio é o nosso passaporte para a liberdade, inclusive a liberdade de amar o outro. A autoestima é fator primordial para o amor próprio. Cadastre-se aqui e receba em seu e-mail dicas sobre autoconhecimento, autoestima e amor próprio! Leia também: Por que é tão difícil ser feliz? Fernanda Almeida Pedroza Psicóloga e Psicopedagoga CRP 08/21395 Texto retirado de ReCriando Psicologia & Psicopedagogia - www.psicologocognitivo.com.br
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Huss Harris responde essa pergunta voltando ao passado. O nosso cérebro (moderno) tem uma incrível capacidade de análise, criação e comunicação, que é resultado de uma imensa evolução das últimas centenas de milhares de anos. Porém, a nossa mente não evoluiu para que nós nos “sentíssemos bem” e assim pudéssemos contar piadas, escrever poemas ou dizer “eu te amo”. Nossa mente evoluiu para nos ajudar a sobreviver num mundo cheio de perigos. As quatro necessidades básicas do ser humano são: comida, água, abrigo e sexo. Mas nada disso adianta e você estiver morta. Portanto a prioridade número 1 da mente do ser humano primitivo era estar atenta a qualquer coisa que lhe pudesse fazer mal e evitá-la. A mente primitiva era basicamente um dispositivo na qual a principal função era evitar a morte. Quanto mais nossos antepassados se tornavam em prever e evitar o perigo, mais tempo viviam e maior era sua prole. Desta forma, pela evolução, a mente humana foi se tornando cada vez mais ágil na previsão e na prevenção do perigo. Agora, a nossa mente está de prontidão constantemente, avaliando e julgando tudo o que encontra. “Será bom ou ruim?”, “Seguro ou perigoso?”, “Útil ou prejudicial?”. Entretanto a nossa mente não nos previne de tigres predadores. Em seu lugar estão a rejeição, o desemprego, as multas de trânsito, o constrangimento público, o câncer e outras mil e uma preocupações cotidianas. O resultado é que gastamos uma enorme quantidade de tempo aflitos com situações que, muito frequentemente, nem chegam a acontecer. Outro fator essencial à sobrevivência de qualquer humano é pertencer a um grupo. Somos um ser social, então de que forma a mente nos protege da rejeição? Comparando-nos a outros membros do grupo: será que me encaixo? Será que estou fazendo a coisa certa? Contribuindo o suficiente? Sou tão bom quanto os outros? Será que estou fazendo algo que os levem a me rejeitar? Isso é familiar para você? Nossa mente está constantemente nos protegendo da rejeição e nos comparando ao resto da sociedade. Com isso, não é de se admirar que nos desgastamos tanto pensando se vão gostar de nós, nem que estejamos sempre procurando nos superar ou nos diminuir por não estarmos “à altura” dos demais. Hoje a concorrência pode ser muito grande basta dar uma simples olhada nas revistas ou na internet para encontrarmos uma multidão de pessoas mais inteligentes, mais bonitas, mais ricas, mais poderosas, mais famosas, mais bem sucedidas que nós. Nos comparamos a essas sedutoras criações midiáticas, nos sentimos inferiores ou decepcionadas com a vida. Para piorar, a nossa mente está tão sofisticada que é capaz de criar uma imagem fantasiosa da pessoa que gostaríamos de ser, para em seguida, nos comparar a ela! Que chance então teremos? Sempre ficará o sentimento de que não somos bons o suficiente. Nossa mente busca constantemente “mais e melhor”: mais dinheiro, um emprego melhor, mais status, um corpo melhor, mais amor, etc, etc, etc. Se então conseguirmos tudo isso, podemos nos considerarmos satisfeitos – por algum tempo. Mais cedo ou mais tarde, e, muito provavelmente mais cedo, vamos querer mais. A evolução, portanto, configurou nosso cérebro para nos fazer sofrer psicologicamente: comparando, avaliando, criticando a si mesmo, concentrando naquilo que nos falta, para rapidamente nos deixar decepcionados com o que temos e imaginando possibilidades amedrontadoras, que, em geral, jamais se tornarão realidade. Não é de espantar que o ser humano ache tão difícil ser feliz! Harris, H. Liberte-se: evitando as armadilhas da procura da felicidade. Rio de Janeiro: Agir, 2011. Cadastre-se aqui e receba em seu e-mail dicas sobre autoconhecimento, autoestima e amor próprio! Leia também: A espera eterna Fernanda Almeida Pedroza Psicóloga e Psicopedagoga CRP 08/21395 Texto retirado de ReCriando Psicologia & Psicopedagogia - www.psicologocognitivo.com.br |
Fernanda Almeida Pedroza
Psicóloga e Psicopedagoga CRP 08/21395 Histórico |